Cristo por todos morreu. O véu que separava o santísismo lugar no antigo Templo, diz os evangelistas da bíblia, foi rasgado de alto à baixo, simbolizando o acesso direto ao Pai e, portanto, à salvação.
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O favor imerecido que Deus fez à nós - enviando Seu Filho para ser condenado e morrer em nosso lugar - reconciliou o mundo à Ele. A predisposição divina do Criador de sucumbir no lugar da criatura fez com que o apóstolo Paulo escrevesse que "o cordeiro de Deus fora imolado desde antes da fundação do mundo''.
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Por isso a vinda de Cristo não foi uma tentativa divina desesperada de remediar um erro da criação. A inclinação ínsita do livre arbítrio de rebelar-se e fazer escolhas mesmo que paradoxais fazia parte da escolha do homem - como continua sendo.
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No entanto, a despeito dessa inclinação pelo pecar, Cristo nos oferece sua misericórdia, e a consciência desse favor e de sua graça é o remédio que nos imuniza da consciência da culpa que serve de alimento ao pecar-contínuo-vicioso.
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A verdade que nos liberta da morte a qual Cristo se referiu em João 8:32 é o fato de que não há nada mais que o homem possa fazer para que Deus lhe ame mais; tampouco, igualmente, não há nada mais que o homem possa fazer para que Deus lhe ame menos.
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O véu se rasgou. Cristou bradou: está consumado! O reino de Deus é como um grão de mostarda, pequeno, mas que quando germina se torna abrangente tal qual uma grande árvore. Depois da Cruz todo sacrifício humano é uma afronta a Graça.
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Feliz Páscoa.
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